vim nesta vida a passeio
recreio interminável
nasci poeta
esqueça
pau que nasce torto
vira trepadeira
entre paris e barcelona
trazer à tona
o meio da terra
o magma
denso
pra depois submergir
e verter
o inverso
nas águas frias
dos pirineus
verbalizei
o concreto na sala estar
não foi fácil
vomitar na sua frente
passei por aqui
e acenei
– nada de novo sob o sol
as referências eram outras
reverências
mas não deu tempo
o tempo dos rios
dos aeroplanos
dos aeroportos
dos passarinhos
migratórios
vi
mas não estava lá
o trânsito de marte
o tráfego aéreo
congenstionamento solar
me atrasei
o que é que eu tô fazendo aqui?
é bom estar no multiverso
sempre acreditei que a poesia
salvaria o mundo
dos deuses e da ciência
mas isso foi antes
de te conhecer
Nenhum comentário:
Postar um comentário