terça-feira, 23 de novembro de 2010

Segundo Grito!

Salve irmãos Ribeirinhos
 Fraternidade Haicaizinática
 Trio Zineiro,
 orixás do Algo qualquer,
 santo silicio...

se estava tudo explícito pq não deixar claro?

não,
não tenho talento para mentira
nem pra falsidade

não tenho talento para a verdade

não tenho talento para o amor
nem para a dor
nem para qualquer que seja sentimento
somente para este tormento
em torrente
o pensamento

não,
não tenho talento

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

adoro

seus mamilos tesos
quentes
presos
entre meus dentes
meus dedos
meus medos

de repente

prefiro
seus mamilos vivos
lisos
leves
relevos
marcas no vestido
transparente

de repente

desejo
seu ventre
seus seios
roçar os seus mamilos
pele de seda
pérola
ardente

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

nem tudo é o que parece

mulhercacto

29 de maio de 2009

comecei a usar drogas
quando plutão
fez conjunção com netuno
sou de peixes
sol em áries
o que é fogo
fogo e água
que se apaga
quase nada
em terra
marte em touro
me derruba a realidade
pedra que me invade
saturno na um
entre mercúrio e o sol
remete ao fim da tarde
porque o medo
ensina ao medo
o aconchego
da idade
verso esse em que me perco
drogas e drogas mais tarde

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As luzes do ano novo que o saudaram...

RESTOU UMA SOBRA DE COLA
UMA PARTE DE PEQUENA PARTE
DE SEU TRABALHO, ENDURECIDO
NO FUNDO DO POTE DENTRO DA SACOLA
E AS LUZES DO ANO NOVO QUE O SAUDARAM....
QUIETO, CALADO EM SILÊNCIO CONSTANTE
MAIS DO QUE UM VELHO COSTUME
TALVEZ UM RITUAL QUE TODOS PRATICARAM
E NADA DISSO PASSOU-LHE A MENTE
NAQUELE INSTANTE
NÃO! NÃO MESMO!
NÃO LHE OCORREU
QUE ENQUANTO UNS RIAM
MUITOS OUTROS CHORAVAM
NÃO LHE VEIO A MENTE QUE ENQUANTO
ELE OLHAVA IMOVEL A TODA AQUELA PIROTECNIA
TODA AQUELA COISA DE FRESCO
TODA AQUELA LOUCURA EM SEU CONCEBER
NÃO MUI DISTANTE DE SI, UM MOLEQUE
MIRRADO E SURRADO PELA DURA VIDA
MARCADA PELA POBREZA
ESTAMPADA E ESFREGADA EM NOSSAS CARAS
UM RETRATO DISTORCIDO DE CADA UM DE NÓS
UM MOLEQUE DE NARIZ RANHENTO
MÃOS SUJAS E PÉS DESCALÇOS
ROUPAS...QUE ROUPAS NADA!
TRAPOS, MUAMBOS OU FARRAPOS,
COMO QUEIRAM ENTENDER
ALI ESTAVA UM DELES,
OLHAVA A MESMA PIROTECNIA
VISTA PELO SAPATEIRO
E O TEMPO TRANSCORREU
A NOITE QUASE CHEGOU AO FIM
NÃO FOSSE A REALIDADE ESTENDENDO
MÃOS PESADAS, POIS O QUE ERA UM RETRATO
VIROU UM ALBUM DE IMAGENS
E O QUE ERA TUDO ISTO TORNOU-SE
A LOUCURA DE UM COTIDIANO
MUITO MAIS LOUCO AINDA
CAÓTICO E DOIDO...
O VELHO SAPATEIRO SENTIU QUE ALI NÃO ERA SEU LUGAR
QUE AQUELA COLA
AQUELA SOBRA DA PEQUENA PARTE
DE UMA PARTE DE SEU TRABALHO
ENDURECIDO NO FUNDO DE UM POTE
NO FUNDO DE UMA SACOLA...
PÁRA COM ISSO SACRAMENTO !
CALE ESTA BOCA ,
ESCOVE OS DENTES PARA SORRIR!
QUE DENTES AMIGOS !
NÃO HAVIA DENTES NA BOCAS DAQUELES NOBRES DESDENTADOS
SÓ HAVIA A SOBRA DE COLA
UMA PARTE DE PEQUENA PARTE
DE SEU TRABALHO, ENDURECIDO
NO FUNDO DO POTE DENTRO DA SACOLA
E AS LUZES DO ANO NOVO QUE O SAUDARAM....

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Segundo grito! Coletivo Gel!

Aqui e agora, o Coletivo Gel e o Segundo Grito!!!  Encontrei o algo qualquer!

" Salve Deusa Aishtésis! Soberana dos modos especifícos de fazer,eis nossa Oferta ao Orixá do Silício, em nome da "ARS".

Os "Exu" do sílicio Concebendo o filho Curto-Circuito.


Sacramento e Tissot, os ribeirinhos da Aishtesia.Acima e abaixo.

E o Coletivo GEL Interagiu , esteve nas mesas, discutiu, foram  e voltaram, falaram e ouviram, respaldos a parte.


É o Segundo Grito!!! "ACHAMOS O ALGO QUALQUER!" Segundo Grito!!!

COLETIVO GEL, PREVINE HERALDISMOS...

sábado, 13 de novembro de 2010

instinto

nada disso
faz

sentido

esse fogo
essa libido
ritmo que já vem contido
mijo comprimido

estender as roupas
alimentar os gatos
esse é o fato

o destaque do desfalque
é que desgasta esse debate

vira-lata que não late

morde

arranca pedaço da vida
casquinha de ferida

desigualmente dividida

entre ser
feliz

ou suicida

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Juntos somos GEL

Law, Carol, Wendell: GEL

silêncio

num quarto

em havana

a puta mais linda

tirava a roupa

só pra mim

escolhida a dedo

o corpo dedilhado

a lua mais linda

nua na minha janela

charuto cubano

na boca

a brasa acesa

pele e pelo

ao avesso

arrepio

as mãos ávidas

os pés cansados

num hotel

em havana

eu e ana

a lua mais linda

a se despir

na janela da noite

arreganhada e nua

me perturba a carne

acende meu sono

invade meu sonho

num hotel escuro

numa esquina suja

de um passado

em Havana